O Japão voltou a utilizar nesta quinta-feira (17) um helicoptero para jogar água sobre o reator 3 superaquecido na usina nuclear de Fukushima, no Japão. Na quarta (16), a forte radioatividade na central impediu a aproximação do helicóptero para resfriar o combustível que ameaça entrar em fusão e a operação teve de ser adiada.
Segundo informações da emissora NHK, também são usados canhões d'água para resfriar o reator 3 do complexo de Daiichi, que contém combustível de plutônio e tem sido a principal prioridade das autoridades. Outros helicópteros estão preparados para participar nas operações na central.
A empresa Tepco, operadora da usina, espera reconectar os cabos para duas das seis unidades de reatores da usina, permitindo reativar as bombas de resfriamento que se desligaram depois do terremoto e tsunami.
'Os 50 de Fukushima'
Os 50 trabalhadores que permaneceram nas instalações da central de Fukushima para resfriar os reatores danificados e o material irradiado são os novos heróis do Japão.
Em um ambiente contaminado pelos altos níveis de radiação, estes funcionários da companhia Tokyo Electric Power tentam resolver os problemas provocados pelo colapso dos sistemas de resfriamento e alimentação elétrica da central.
Este colapso já causou a fusão parcial de três dos reatores da central e a exposição das barras de combustível, que também ameaçam entrar em fusão, ao ar livre, liberando na atmosfera quantidades consideráveis de elementos radioativos.
Estes últimos trabalhadores presentes na central, após o terremoto seguido de tsunami da última sexta-feira, foram retirados do local brevemente na quarta-feira, quando o nível de radioatividade aumentou de maneira alarmante.
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