domingo, 6 de março de 2011

UM POEMA PARA O CARNAVAL



O LADO LÚDICO DA ALMA

 

Luiz Martins da Silva

 

É o outro lado do espelho,

O tal espírito da festa,

Qualquer bobo fica sábio,

Qualquer sábio fica besta.

 

Vira e mexe, qualquer coisa

-- Pretexto de fantasia --,

A alma virada ao avesso,

Despida, entregue à folia.

 

Máscara de irreverência,

Que é singular e plural:

Carnavais não voltam mais,

Mas o ritual volta sempre.

 

Sua lógica é o absurdo,

Sua poética, devaneio.

No seu reinado bem curto,

Momo prova ao que veio!

 

Na quarta-feira de cinzas,

O Demônio de volta ao normal,

Guardião de brasa lenta,

Para o próximo Carnaval.


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