Prefeitura ainda não conseguiu ter real dimensão do carnaval carioca
Por Luis Turiba
Tá certo. Carnaval de rua não dá mesmo para ser todo organizadinho como um desfile de escola de samba que, milagrosamente, alcança a níveis de excelência quando entram na Sapucaí.
Mas cá pra nós, quando o Cordão do Bola Preta arrasta pelo centro do Rio de Janeiro quase dois milhões de foliões, haja banheiros públicos para captar tanto mijo, pois cervejas para incentivá-lo é o que não falta nem faltará.
Quando o "Simpatia é quase amor" pendurou no seu carro de som a faixa "Vamos mijar em Paes", veio ao encontro do que pensamos nós, os cinco milhões de foliões que se esbandam pelas ruas da cidade em mais de 400 blocos.
Ao mijar-se nas ruas do Rio, deixando a olímpica cidade maravilhosa com aquele insuportável cheiro de urina de índios do Cacique de Ramos, estamos na realidade mijando na cabeça do prefeito, que é também folião, desfila em escolas de samba mas certamente nunca teve de enfrentar uma fila de 53 minutos para conseguir entrar num banheiro químico no inocente puro e besta bailinho do Boi Tá Tá na Praça XV.
Por falta de banheiros, o folião alivia-se em ruas secundárias, em becos históricos, atrás de carros, em esquinas tenebrosas. Mesmo assim, a título de exemplo, uns 500 foram presos por todos os mijões do Rio.
Diante do caos do mijo, é necessário repensar urgentemente o esquema sanitário do carnaval carioca. De cara, duplicar, triplicar, quadruplicar o número de banheiros para se enfrentar quase que satisfatoriamente a demanda e a euforia cervejal dos cariocas de todo o mundo que tomam porres de felicidade no maior carnaval do planeta.
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