Mais uma vez Prefeitura erra. Faltou banheiros químicos no centro do Rio
Madrinha do bloco, Maria Rita, chegou duas horas atrasada.
Confusões interromperam desfile por duas vezes.
Mesmo debaixo de uma chuva fraca, mas que teimava em cair, a multidão esbanjou alegria e energia para cantar sem parar, e resistir ao inevitável aperto e empurra-empurra.
Logo cedo era grande a movimentação de pessoas chegando à Cinelândia, de onde o bloco partiu pela Avenida Rio Branco em direção à Igreja da Candelária. Cercado pelas musas e porta-estandarte do Bola Preta, o presidente do bloco, Pedro Ernesto Marinho, discursou no início do desfile: "São vocês que fazem do Bola Preta o maior bloco do mundo!", gritou para os foliões.
Centro do Rio (Foto: Fábio Motta/AE)
A madrinha do Bola Preta, a cantora Maria Rita, chegou atrasada ao desfile, por volta do meio-dia, mais de duas horas depois do início do bloco. De acordo com a assessoria de imprensa do Bola Preta, o mau tempo em São Paulo atrasou o voo dela. Mas a porta-estandarte, a atriz Leandra Leal, e a musas do bloco, Quitéria Chagas e a tenente da Polícia Militar, Júlia Liers, juntamente com a rainha, Laura Sabino, e a princesa, Patrícia Pontes, deram conta do recado, de sobra. "Eu não sou feita de açúcar. Carnaval são os dias em que você pode pegar chuva, porque aumenta a alegria", disse, muito bem-humorada, Leandra Leal.
Pela primeira vez como musa do Bola Preta, a tenente da Polícia Militar do Rio, Júlia Liers, disse que estava emocionada. "Não tem como escapar de falar isso, mas é uma emoção muito grande estar aqui representando o Bola Preta. É o patrimônio cultural da cidade. Participar disso é ter muita história para contar para os meus netinhos".
Com mais experiência, a musa Quitéria Chagas definiu o sentimento pelo bloco: "O carnaval sem o Bola Preta não existe", conta ela que desfila desde criança. Aos 30 anos, ela recorda que a mãe adorava vesti-la com fantasias de bichos. "Eu já saí de onça, entre várias outras fantasias de bichinhos que minha mãe adorava. Ela também já me fantasiou de índia e de Pedrita.
Duas confusões fizeram os vocalistas do bloco pararem o desfile por três vezes. No primeiro, um grupo fantasiado de "homens-aranha" subiram no baú de um caminhão para dançar. "Desçam daí, senão o bloco não vai tocar", ordenou um dos vocalistas, prontamente atendido.
O episódio mais grave foi quando um grupo agrediu e roubou o cordão de ouro do representante comercial Luiz Carlos Gomes, de 45 anos. "Eu consegui segurar a bolsa da minha esposa, mas caí no chão. Então, começaram a me chutar", contou ele, com um corte na testa. O bloco encerou o desfile às 13h35.
Nenhum comentário:
Postar um comentário