Para militância negra, Abdias do Nascimento é um 'baluarte'
ANA CAROLINA MORENO
DE SÃO PAULO
A ativista Kika de Bessen, integrante da Executiva Nacional da Conen (Confederação Nacional de Entidades Negras), afirmou na tarde desta terça-feira que, com a morte de Abdias do Nascimento, o movimento negro perde "um ícone para as gerações passadas e as futuras".
"Para nós que somos do movimento negro, ele é um baluarte, esse seria o termo mais correto", disse ela à Folha.
O ex-político, escritor e ativista Abdias do Nascimento morreu aos 97 anos na noite desta segunda-feira (23) de insuficiência cardíaca.
Segundo Kika, Abdias deixa "um legado de reflexão sobre a luta do racismo no Brasil e como a gente pode avançar nela". Para ela, a "produção de pensamento e atitude" do militante negro --que em 1945 sugeriu criminalizar o racismo e, em 1983, propôs o primeiro projeto de políticas públicas afirmativas da história brasileira-- servirão como "referência" para quem luta contra o racismo hoje em dia e no futuro.
Fernando Rabelo-3.jun.10/Folhapress
O defensor das causas negras Abdias do Nascimento morreu nesta terça-feira (24), aos 97 anos
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