O poeta e compositor Climério Ferreira está mergulhado num projeto inventivo e interessantíssimo: reescrever a poesia de 50 poetas brasilienses à sua maneira. É uma espécie de "antropofagia candanga". Ele engole tudo e depois recria. Maravilha. Amei de veras o que ele construiu com meus versos. Vejam como ficou linfo
poema sobre a poesia
de
LUIS TURIBA
Sob blocos banhados de chuva e luz
Tudo pira e paira quando ela passa
É que as girafas olham as estrelas de frente
Confortáveis e afáveis como a África
É que o samba em mim vem de dentro
E minha apoteose calma tem as mãos nos bolsos
A bala perdida não acha meu coração solitário
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