quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CLIMÉRIO FERREIRA FAZ SUA POÉTICA CANDANGA


O poeta e compositor Climério Ferreira está mergulhado num projeto inventivo e interessantíssimo: reescrever a poesia de 50 poetas brasilienses à sua maneira. É uma espécie de "antropofagia candanga". Ele engole tudo e depois recria. Maravilha. Amei de veras o que ele construiu com meus versos. Vejam como ficou linfo

poema sobre a poesia

                                                                   de

 

LUIS TURIBA

 

Sob blocos banhados de chuva e luz

Tudo pira e paira quando ela passa

 

É que as girafas olham as estrelas de frente

Confortáveis e afáveis como a África

 

É que o samba em mim vem de dentro

E minha apoteose calma tem as mãos nos bolsos

 

A bala perdida não acha meu coração solitário


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