In memoriam
Luiz Martins da Silva
Eu o conheci,
Ao tempo em que contava
Histórias do charque
E do chimarrão.
Eu o conheci,
Nas lides da lira,
Nas militâncias gerais
E da profissão.
Eu o conheci,
Também no por vez
Do mais conhecível das pessoas,
Que é quando olham nos olhos.
Eu o conheci, nas palavras do amigo,
Na estirpe do poeta-fidalgo,
Sócio-fundador da Ordem
Dos Cavalheiros Meigos.
Achava-lhe engraçado o nome
Que o trocava por Aoristo,
Esse misterioso tempo antiverbo,
Mas que impregna conjugações de doçura.
És, agora, tempo passado:
Encomendas de saudades,
Que já se precipitam muito antes
De vencer-se o reembolso postal.
Agora, meu caro vate,
Faço-o símbolo, signo, selo
De amizade selada,
Colada, carimbada, tchê.
Um comentário:
Turiba, Luiz Martins e amigos,
Participarei à distância, em pensamento, dessa justa homenagem ao Ariosto, que nos deixou.
Lembrarei sempre da suavidade que ele transmitia.
E, agora, também "faço-o símbolo de amizade selada".
Com um forte abraço a todos,
Bárbara
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