Por Luis Turiba
Os brasilienses que vão desfilar na Beija-Flor na madrugada de domingo (14) para segunda (15) de carnaval, cantando a fundação de Brasília e seus 50 anos, farão um ensaio especial para aprender (e apreender) o samba e os movimentos da escola na avenida.
O encontro será nesta segunda-feira, dia 1º de fevereiro, no restaurante Coco-Bambu, bem atrás do Pier 21, a partir das 19 horas, com a bateria da ARUC, sob o comando da animada jornalista Jane Godoy e de Silvestre Gorgulho.
A grande novidade será a presença da porta-bandeira Selmynha Sorriso e do mestre-sala Claudinho, durante o ensaio. Também um dos autores do samba-enredo, Dílson Marimba, estará no ensaio cantando animadamente o hino da escola para este carnaval. Eles irão ensinar os passos e as gingas aos foliões brasilienses.
Selmynha deu essa breve entrevista a Jane Godoy que ora republicamos no blog.
P- Faltando duas semanas para o Carnaval 2010, como estão os trabalhos de produção da Beija Flor para o desfile?
SELMINHA SORRISO - A Beija-Flor é uma escola campeã, e muito deste sucesso vem da disciplina e do profissionalismo com que conduzimos os trabalhos no barracão nos últimos anos. Os obstáculos e os atrasos que acontecem são previsíveis, e dificilmente atrapalham o andamento da operação. Com a definição do enredo "Brilhante ao sol do novo mundo. Brasília, Capital a Esperança", começamos a trabalhar no conceito e nos detalhes que vão embalar o desfile. Tenho que confessar que tinha uma imagem distorcida de Brasília. Mas as visitas que fizemos, ao lado de Laíla, Alexandre Lousada, Fran Oliveira Santos e Ubiratan Silva, serviram para mostrar o lado mais belo e diverso da capital do Brasil. Levaremos para a avenida a construção de uma cidade, a história de um povo. Um enredo que vai cantar a cultura, a arte, a alegria e a saga de um sonho. Brasília é um sonho e ajudou o Brasil a ocupar uma grande região que é o Centro-Oeste.
P- A escola receia que manifestações do público possam atrapalhar a qualidade do desfile?
SELMINHA SORRISO - Como alguém vai se manifestar contra a Beija-Flor ou contra a epopéia da construção da nova Capital do Brasil? Não vai ser um desfile político. Nós vamos levar para a Sapucaí a saga de uma cidade criada a partir do sonho e da criação genial de nomes como JK, Niemeyer, Lúcio Costa, Athos Bulcão, Burle Marx e tantos outros. E mais: a Beija-Flor vai mostrar que esta é uma cidade que pulsa no ritmo de seus moradores, se ilumina por conta de seu céu, que se mostra intensa a partir de sua diversidade cultural. A cada visita que fizemos, Brasília crescia diante de nossos olhos. A gente aprendeu a gostar dos candangos, das cidades satélites, dos poetas, dos sambistas da ARUC onde eu e o Claudinho fizemos vários oficinas de carnaval. Uma coisa é certa: muita gente vai se surpreender com o que vamos mostrar. Os brasileiros tem que ver uma Brasília sem os políticos. Tem conhecer Brasília por seus monumentos, seu urbanismo inovador, sua criação cultural, seus poetas, seus sambistas, seus repentistas. Até um dos autores do samba da Beija-Flor mora em Taguatinga, o Dílson Marimba. Gente, eu vi. Brasília tem alma, tem orgulho e tem cultura.
P - A Beija Flor está feliz com este enredo?
SELMINHA SORRISO - É uma honra para a Beija-Flor ser escolhida para cantar os primeiros 50 anos de uma capital reconhecida, entre outros méritos, como Patrimônio Cultural da Humanidade. Uma cidade adorada por seus habitantes e por todos que vieram para Brasília. Uma epopéia cercada de personagens, folclores, cantos, danças, culinária vindos de todos os cantos do País e que chega aos 50 anos com uma vitalidade impressionante. Brasília é hoje a quarta cidade brasileira em população.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
ENSAIO DO SAMBA DA BEIJA-FLOR EM BRASÍLIA
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